Skip to content

NAF has launched a petition on Change.org calling on the FDA to prioritize treatment options for rare diseases with urgent unmet needs, including Spinocerebellar Ataxia (SCA)
 SIGN THE PETITION

Snapshot: O que é um oligonucleotídeo antisenso (ASO/AON)?

Oligonucleotídeos antisenso (em inglês “antisense oligonucleotides” – ASOs ou AONs) são pequenas moléculas que podem ser usadas para prevenir ou alterar a produção de proteínas. As proteínas são os “trabalhadores” da célula e coordenam a maior parte dos processos celulares. A formação de proteínas geralmente consiste em duas etapas: primeiro, um gene específico codificador de proteína é convertido em uma molécula de instruções chamada de RNA mensageiro (mRNA). O mRNA carrega a informação daquele gene para o compartimento celular onde as proteínas são montadas. Nesse compartimento, a informação trazida pelo mRNA é então convertida em proteína. Os ASOs são curtos pedaços de DNA fita única complementares a uma sequência específica de mRNA. Baseado no tipo de modificação química, um ASO pode ter dois efeitos diferentes no mRNA. Algumas modificações de ASOs acionam a destruição do mRNA. Isso vai resultar na perda da proteína correspondente. Outras modificações podem mascarar certas partes do mRNA, levando a uma versão alterada da proteína.

 

Como os ASOs agem no corpo humano. Imagem criada por Larissa Nitschke, com o uso do BioRender.

A maioria das ataxias espinocerebelares (em inglês “spinocerebellar ataxias” –  SCAs) é causada pela acumulação de proteínas tóxicas em algumas regiões do cérebro. O objetivo principal dos tratamentos com ASOs em SCAs é, portanto, prevenir a produção de proteínas tóxicas. Um exemplo é o trabalho do grupo do Dr. Harry Orr na Universidade de Minnesota. Seu grupo estuda a ataxia espinocerebelar do tipo 1 (SCA1), que é causada pela acumulação tóxica da proteína ataxina 1. Injeções de ASOs em um modelo animal de SCA1 diminuiu os níveis de ataxina 1 e recuperou os sintomas de descoordenação motora característicos da SCA1. Uma outra forma de utilizar os ASOs no tratamento de SCAs é através da modificação da informação contida no mRNA a fim de produzir uma versão modificada da proteína. Essa abordagem tem sido testada na ataxia espinocerebelar do tipo 3 (SCA3), em que uma expansão do gene ataxina 3 torna tóxica a proteína resultante. O grupo da Dr. van Roon-Mom na Holanda, por exemplo,  utilizou ASOs para remover apenas o trecho expandido da ataxina 3, permitindo que a proteína resultante mantivesse sua estrutura e função intactas. 

Ambos os estudos, assim como outros estudos realizados para diferentes tipos de SCA, enfatizam o potencial uso de ASOs como terapêuticos em SCAs. Apesar de grande parte das pesquisas para o uso de ASOs em SCAs ainda estar em fase pré-clínica, o uso de ASOs já foi aprovado pela agência de Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) para o tratamento de outras doenças, como a distrofia muscular de Duchenne e a atrofia muscular espinhal. Mais ensaios clínicos terão de ser realizados para avaliar o benefício terapêutico dos ASOs em pacientes com SCA. 

Se você quiser saber mais sobre oligonucleotídeos antisenso, dê uma olhada nesse artigo (em inglês) no HDBuzz sobre o desenvolvimento de ASOs para terapia na doença de Huntington.

Snapshot escrito por: Larissa Nitschke
Editado por:Dr. Hayley McLoughlin e traduzido para o português por Priscila P. Sena

Read Other SCAsource Snapshot Articles

Snapshot: O que é Distonia?

Distonia é uma desordem que afeta a maneira como uma pessoa se move. Mais especificamente, pessoas com distonia têm contrações musculares involuntárias, que podem causar posturas anormais.  A distonia pode Read More…

Snapshot: What is Neuropathy?

Our nervous system consists of the central and the peripheral nervous system. The brain and spinal cord are components of our central nervous system (CNS), while the peripheral nervous system Read More…

Translate »

Join the Ataxia community today!

Become a free member for exclusive content from NAF.